Um vídeo que circulou entre moradores do Assentamento Roseli Nunes, no distrito de Entre Rios, em Itapura, causou pânico em boa parte da população rural. No vídeo, disseminado em grupos de aplicativo de mensagem, há luzes “piscantes” e a sugestão de estrondos na usina Hidrelétrica de Três Irmãos, no município de Andradina e na divisa entre Itapura, Castilho e Pereira Barreto.
A situação flagrada por um morador do assentamento que bastou para que muitas pessoas voltassem a cogitar o rompimento da barragem da Usina Hidrelétrica. Contudo foi mais um “alarme falso”, para a volta a tranquilidade da população.
As “Defesas Civil” de Andradina e Ilha Solteira foram acionadas para investigar o suposto problema e foram tranquilizadas pela Tijoá. Empresa que administra a Usina.
O coordenador da Defesa Civil de Andradina, André Luis de Lima Augusto, participou de uma reunião com o gerente da usina Ruy Bicego, o coordenador manutenção Guilherme Taveira, Marsal Torsoni coordenadora de operação do Plano Ação de emergência plano de segurança da barragem e também de Renato Augusto, coordenador Defesa Civil de Ilha Solteira. A reunião também teve a participação do engenheiro Euclides Cestari da empresa Geometrisa, que faz a segurança da barragem.
“Sobre o vídeo eles informaram que não existem operações elétricas na área filmada e que tais luzes podem ser reflexo da água sobre a estrutura, por se tratar de fim de tarde”, disse.
A usina apresentou detalhes do Plano de Segurança de Barragens (PSB) e o Plano de Ação de Emergência (PAE) que são protocolos de todas as barragens utilizadas para a geração de energia elétrica.
“O plano já prevê todas as ações que devem ser tomadas a cada nível de risco da usina, prevendo até mesmo evacuação da população com um protocolo que usa a Defesa Civil de casa Município na ação”, disse Lima Augusto.
Segundo Lima Augusto o plano da usina é complexo e garante a minimização de danos. As ações de Segurança de Barragens contemplam inspeções periódicas na Usina, essenciais para avaliar a situação das barragens, uma vez que elas tornam possível identificar, antecipadamente, eventuais necessidades de recuperação ou reforma.
Essas inspeções são rotineiras e podem ser feitas pelos órgãos reguladores e fiscalizadores bem como realizadas por agentes externos, como auditores.
“O rompimento de uma barragem de uma hora para outra é praticamente impossível e caso uma usina entre em emergência a nível vermelho a própria da usina informa a população por todos os mecanismos possíveis e aciona defesa civil que evacua à população”, afirmou Lima Augusto.