Esta semana, o trabalho da Unidade de Controle de Endemias no combate a escorpiões vai trabalhar dia e noite para reduzir a presença dos animais em Andradina.
Além da “caça noturna” os agentes voltam a atuar em ambientes escolares onde, além da captura de escorpiões, o trabalho de conscientização é levado aos alunos da Rede Municipal de Andradina.
Os trabalhos estão na EMEF Josepha de Jesus Carreira e na Emei Olavo Alves Carneiro, amanhã (3) será a vez da EMEF Leonor Salomão , no dia 5 é a vez das Emeis Maria Elizabeth Venturoli Pinese e Fernanda Lustosa da Silva. No dia 6 é a vez da EMEF Anna Maria Marinho Nunes e da EMEI Eulália Mattos de Oliveira.
ENTENDA
Os escorpiões estão cada vez mais próximos dos seres humanos e é nos períodos mais quentes que eles mais aparecem, e que os acidentes aumentam. Geralmente os escorpiões são encontrados em cemitérios, terrenos baldios, em meio a materiais de construção e entulhos, podendo aparecer dentro das residências tanto em bairros nobres como em periferias - sendo que nestas o número de acidentes costuma ser ainda maior devido a deficiência no saneamento básico.
Uma das causas que aproxima os escorpiões da cidade é o fato de as áreas urbanas abrigarem muitas baratas, que são o alimento preferido desses aracnídeos. Por isso a importância de manter quintais, jardins e demais terrenos limpos e, se possível, sem entulhos. Recomenda-se o fechamento correto dos sacos de lixo, instalação de telas tanto nos ralos de casa como nas janelas e inclusão de sacos de areia nas frestas das portas.
De hábitos noturnos, os escorpiões ficam escondidos durante o dia, e de noite saem para se alimentar. É comum surgirem pela rede de esgoto e, por esse motivo, é bom evitar condições de umidade, como toalha pendurada ou roupa molhada no chão e também tapetes, que servem de abrigo. É importante também chacoalhar roupas e sapatos e, antes de colocar a mão em lugares escuros, olhar bem.
Proliferação
O aumento da incidência de escorpiões nas cidades se dá por vários fatores. Um deles fica por conta do aquecimento global: altas temperaturas colaboram na proliferação, já que esses animais gostam de climas mais quentes.
Tanto é que a distribuição das 30 espécies mais perigosas do mundo está concentrada nas regiões tropicais e subtropicais.
Controle dos escorpiões
Segundo o Manual de Controle de Escorpiões, elaborado pelo Ministério da Saúde, a erradicação dessas espécies não é possível e nem viável; o que precisa ser feito é um controle em cima dessa população. Em São Paulo, por exemplo, órgãos competentes têm articulado programas de controle juntamente com as Prefeituras.
As iniciativas consistem em intervenção nas áreas de risco, em que a gerência do Serviço de Saúde do município – que controla os acidentes – planeja as ações com base na avaliação da situação de ocorrência de escorpiões. Buscas ativas são realizadas dentro e fora das casas, visando a captura dos escorpiões, conhecimento e melhorias dos ambientes que são favoráveis à ocorrência e proliferação e, principalmente, a conscientização dos moradores.
Sobre a utilização de produtos químicos no controle de escorpiões, as recomendações dadas pelo Ministério da Saúde é que o uso produto químico no controle de escorpião não é aconselhável. Porque são animais bastante evoluídos, têm resistência muito grande e vários órgãos sensoriais que ajudam eles a se desenvolver. Os produtos químicos passam uma falsa sensação de segurança. É preciso um trabalho minucioso de controle ambiental, e não utilizar inseticida, pois eles não são insetos.