Como se fosse um sopro de delicadeza no coração do inverno, o ipê-branco desabrocha em Andradina e transforma o olhar de quem passa. Raro e efêmero, ele colore de pureza as ruas da cidade, especialmente em pontos centrais, como o Centro Cultural Pioneiros de Andradina, onde sua presença se torna impossível de ignorar.
Ao contrário de seus parentes amarelos e rosados, que se mostram por até dez dias, o ipê-branco revela sua beleza por um tempo breve — cinco dias ou menos. É justamente essa fugacidade que o torna tão especial: um convite para parar, contemplar e se deixar tocar pela sua simplicidade luminosa.
De porte elegante, alcançando entre 7 e 16 metros de altura, o ipê-branco é uma árvore nascida no Brasil, presente em terras de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Onde floresce, leva consigo a sensação de silêncio, paz e renovação.
A dança das cores do inverno
O frio no Brasil guarda uma festa para os olhos. Primeiro vêm os ipês roxos e rosados, que abrem a temporada com seu tom vibrante. Depois, é a vez do amarelo radiante e do roxo-de-bola, enchendo de vida os dias gelados. Por fim, como se fosse o último ato de um espetáculo natural, o ipê-branco surge discreto, mas arrebatador, encerrando o inverno com um manto de flores alvas, como neve que floresce nos trópicos.
Confira os cliks do jornalista Moisés Eustáquio.