Experiências da escola italiana Reggio Emilia, referência em educação infantil no mundo, foram aplicadas em atividades com os alunos da Rede Municipal de Ensino de Andradina, graças a utilização da metodologia Sesi de Ensino.
“A metodologia Reggio Emília preza pela valorização das diferentes linguagens da criança, a colaboração dos professores e a participação ativa dos pais”, explicou a secretária de Educação Estela Goda.
No Arranjo do Sesi todo esse potencial foi posto à prova e revelado em explosões de criatividade e sensibilidade das crianças. “Observamos também a humanização na relação com as crianças”, acrescenta.
Reggio Emilia – O modelo de educação infantil, criado no fim da Segunda Guerra Mundial na cidade italiana de Reggio Emilia, permite às escolas trabalharem, além das linguagens já conhecidas, experiências reais obtidas por meio da pesquisa e de descobertas sensoriais dos próprios estudantes. O foco está no desenvolvimento intelectual, emocional, social e moral das crianças. Reggio Emilia é considerada mundialmente como a "cidade educadora".
Na cidade há trabalhos infantis espalhados em diversos espaços. É comum ver crianças pelas praças fazendo desenhos e trabalhos de campo. Os pais, por sua vez, participam de várias atividades na escola, como cuidar da horta, e podem acompanhar os registros das professoras, que ficam na porta de cada sala. Esse pacto pela educação das crianças, que envolve famílias e educadores, nasceu após a Segunda Guerra Mundial, quando um grupo de pais resolveu erguer escolas na cidade devastada.
O educador italiano Loris Malaguzzi introduziu na rede pública local a ideia da pedagogia da escuta, em que a criança é protagonista de seu processo de conhecimento. Para Malaguzzi, a criança tem inúmeras formas de pensar, de se expressar, de entender e de se relacionar. Ele concebeu uma proposta que usa a linguagem gráfica para explorar as formas de aprender das crianças. Desenhando, elas analisam o tema de estudo e comunicam suas ideias, mesmo antes de estarem alfabetizadas.