O Procon de Andradina tem registrado um aumento expressivo nas reclamações relacionadas a golpes aplicados contra consumidores, em diferentes modalidades. Os prejuízos variam de R$ 1 mil a R$ 100 mil.
De acordo com o coordenador do Procon, Jorge Mansour, o golpe mais comum é o realizado por telefone ou chamadas de vídeo. Nessa modalidade, os criminosos se passam por funcionários de bancos e induzem as vítimas a realizar transferências via Pix ou contratar empréstimos em nome de terceiros. Muitas dessas contas pertencem a “laranjas” usados apenas para receber o dinheiro dos golpes.
Outra prática recorrente é o convencimento das vítimas a fornecerem senhas bancárias, o que resulta em perdas de valores de poupanças, investimentos, utilização indevida de limites de cheque especial e até contratação de empréstimos sem autorização.
Segundo Mansour, as instituições financeiras geralmente tentam se eximir de responsabilidade, alegando que o próprio consumidor compartilhou dados sigilosos. “Muitas vezes o cidadão acaba passando informações pessoais e senhas, o que colabora com o golpe e elimina a responsabilidade do banco em ressarcir o prejuízo”, explica o coordenador.
Principais tipos de golpes
Os golpes aplicados em Andradina e em todo o país seguem diferentes estratégias de engenharia social:
- Phishing: mensagens ou e-mails falsos que imitam bancos e empresas para roubar dados;
- Falsos investimentos: promessas de lucro rápido e garantido que não existem na prática;
- Clonagem de aplicativos: criminosos clonam contas de mensagens para pedir dinheiro a contatos da vítima;
- Deepfakes: uso de inteligência artificial para falsificar áudios e vídeos, imitando pessoas conhecidas;
- Golpes de e-commerce: sites falsos que vendem produtos inexistentes a preços atrativos.
Como se proteger
O Procon recomenda desconfiar de ofertas muito vantajosas e verificar sempre a autenticidade de e-mails, links e sites antes de fornecer qualquer dado pessoal. Senhas e números de cartões nunca devem ser informados por mensagens ou ligações não solicitadas.
Outra medida essencial é manter o sistema operacional e os aplicativos sempre atualizados, além de usar antivírus confiável. Caso a pessoa desconfie que caiu em um golpe, deve registrar um boletim de ocorrência e procurar o Procon para orientação.
Para casos mais graves, a vítima pode acionar a Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos.