A população de Andradina que for vítima de picadas de animais peçonhentos deve procurar atendimento imediato na Policlínica, localizada no mesmo prédio do Centro de Hemodiálise, anexo à Santa Casa da cidade. A orientação foi reforçada pela diretora da UPA, Giovana Pierobon, após registros de pessoas que, em casos de emergência, têm procurado o local errado, se dirigindo à UPA.
Segundo Giovana, a informação é importante para garantir que o paciente receba o atendimento adequado o mais rápido possível. “Os soros antiveneno produzidos no Brasil são distribuídos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Eles podem estar disponíveis em hospitais públicos, filantrópicos ou privados, desde que o tratamento seja garantido de forma gratuita ao paciente”, explicou.
O soro antiveneno é aplicado gratuitamente pelo SUS, e a Policlínica de Andradina está habilitada para realizar esse tipo de atendimento de urgência. Casos de picadas de cobras, escorpiões, aranhas ou outros animais peçonhentos exigem atendimento médico imediato, pois o tempo entre o acidente e o início do tratamento é decisivo para a recuperação.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes ofídicos afetam mais de 5 milhões de pessoas no mundo todos os anos. Desse total, cerca de 2,7 milhões desenvolvem complicações e quase 140 mil morrem em decorrência do envenenamento. Além disso, as picadas de cobras causam três vezes mais amputações e deficiências permanentes do que outras doenças tropicais, motivo pelo qual o ofidismo foi incluído pela OMS na lista de doenças tropicais negligenciadas.
No Brasil e na América Latina, os envenenamentos por serpentes são considerados um grave problema de saúde pública. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), quase 30 mil casos foram registrados recentemente no país, reforçando a importância da prevenção e do rápido acesso ao tratamento especializado.