“Os espaços públicos têm papel determinante na sociedade urbana, pois são o locais de encontros, relações, convívio e trocas entre os mais diversos grupos que compõe a comunidade. Portanto, a existência e qualidade destes está diretamente relacionada a uma cultura agregadora e compartilhada entre os cidadãos.”
No entanto, esse conceito não vem sendo seguido por alguns munícipes ou frequentadores do jardim desértico e o pergolado, anexos ao Centro Cultural Pioneiros de Andradina, espaços recuperados e transformados pela Ong Impacto Verde, presidida pelo repórter e fotógrafo Moisés Eustáquio.
Após a surpresa com o furto de algumas plantas, por três mulheres de uma mesma família, apenas um dia após sua inauguração, os ambientes vêm sendo alvos da má educação e falta de cuidado por parte de algumas pessoas. Entre elas, as que estão utilizando as devidas áreas como fonte comerciais.
A foto de capa é prova de que alguns frequentadores dos locais não estão recolhendo itens utilizados em suas variadas atividades, descartando-os entre as plantas ou simplesmente deixando-os sobre as mesas. Há muito o que se fazer para que os espaços públicos tenham um bom aproveitamento e que a população possa desfrutar do que a cidade oferece. Os primeiros passos já foram dados pela Ong Impacto Verde.
O jardim desértico e o pergolado, que no passado eram inexistentes e ociosos respectivamente e considerados espaços perdidos, em meio ao centro da cidade, mostram, cada vez mais, serem locais adequado para integrar as famílias e os amigos, em eventos culturais, como vem ocorrendo na grade de atividades do Governo Municipal, em que centenas de pessoas puderam se divertir.
CADA UM PRECISA PENSAR DAR SUA CONTRIBUIÇÃO
Mas é preciso que cada munícipe dê sua contribuição para manter os ambientes despoluídos, aptos a serem utilizados diariamente, contribuindo com a ação voluntária desenvolvida pela Ong.
“Pensem que depois de vocês haverá sempre alguém que vai estar lá apreciando os espaços, em especial visitantes. Quer para sentir a natureza, ler algo, acessar as redes sociais, dialogar com amigos, namorar, registar fotos com a família, os amigos, aniversário, casamento, enfim, várias situações”, ressalta o presidente da Ong.
Além das lixeiras do outro lado da rua, há dois tambores para esse fim em ambos os lados do jardim e o pergolado justamente para descarte de produtos usados pelos usuários.
“Parte da humanidade não adquire noções de higiene e infelizmente temos que apelar dessa forma. É chato, mas necessário que o ambiente - que é de todos - seja mantido limpo por todos. Afinal, o espaço limpo não é o que mais se limpa, mas o que menos se suja”, concluiu Moisés Eustáquio.
Segundo informou nesta segunda-feira, a secretária do Meio Ambiente, Leila Rodrigues, novas lixeiras serão instaladas nestes espaços em duas semanas.