Hoje (3/11) é o Dia Mundial da Saúde Única (One Health). Segundo a Secretária de Agricultura, Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar, Leila Rodrigues, as interações ecológicas entre humanos e animais ocorrem em diversos ambientes e de diferentes maneiras e podem ser responsáveis pela transmissão de agentes infecciosos entre animais e seres humanos, levando à ocorrência de zoonoses.
Em 1984, o médico veterinário norte-americano Calvin W. Schwabe (1927-2006) discutiu e reforçou a importância da junção entre saúde humana, animal e ambiente no livro intitulado “Veterinary Medicine and Human Health”, no qual adotou a expressão One Medicine, que mais tarde passa a ser conhecida como One Health, ou Saúde Única.
“Assim, Saúde Única é um conceito que representa uma visão integrada, ou uma abordagem colaborativa, multissetorial e transdisciplinar, entre a saúde humana, a saúde animal e a saúde ambiental - trabalhando nos níveis local, regional, nacional e global - com o objetivo de alcançar resultados de saúde ideais, reconhecendo a interconexão entre pessoas, animais, plantas e seu ambiente compartilhado”, explicou Leila.
A Saúde Única vem ganhando espaço cada vez maior dentro das discussões científicas que tratam de questões ligadas à saúde e à epidemiologia. E, a partir de 2007, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), passam a desenvolver estratégias conjuntas dentro deste conceito, com o objetivo de reduzir os riscos emergenciais e a disseminação de doenças infecciosas resultantes da interface entre animais, humanos e ecossistemas, com redução dos riscos para a saúde global.