O autismo afeta uma em cada 100 crianças em todo o mundo, informa a Organização Mundial de Saúde (OMS) no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado nesta terça-feira (2). A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de difundir informações sobre essa condição do neurodesenvolvimento humano e reduzir o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Andradina é uma das poucas cidades da Região Noroeste a ter um Centro de Referência em Transtornos do Espectro Autista que amplia o acesso ao serviço assistencial da pessoa com TEA Trantorno do Espectro Autista realizando a assistência integral por meio de uma equipe multidiciplinar constituída por Neurologista, Psiquiatra, Psicólogos, Fonoaudiólogos e Terapeuta Ocupacional para diagnóstico, tratamento e reabilitação.
O Centro, envolve ações no âmbito da Secretaria de Saúde e da Educação para cuidar das pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista visando estimular a autonomia, a participação e a inclusão, além de ser um espaço de cuidado para que as pessoas se sintam acolhidas.
Instalado pelo Governo de Andradina, na administração Mário Celso Lopes, o Centro leva o nome da professora e Coordenadora da Educação Infantil Ana Paula de Almeida Medeiros, tendo essa homenagem póstuma por ter sido uma profissional que sempre envolvida no atendimento de alunos com TEA e demais transtornos e deficiências.
O Centro trabalha com o diagnóstico precoce, atendimento multiprofissional e acesso a políticas públicas de tratamento. Andradina ainda não dispunha do serviço de diagnóstico, tratamento e reabilitação para pessoas com Transtorno do Espectro Autista dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), pois é considerado serviço de Alta Complexidade cujo atendimento tem como referência a cidade de Araçatuba, a qual regula as vagas para Andradina e demais 40 municípios.
O atendimento, que ainda é insuficiente em número de vagas, acontece no Hospital Ritinha Prates em Araçatuba, distante aproximadamente 120 km de nossa cidade, dificultando muito o acesso para as terapias semanais especialmente de crianças com diagnostico de TEA.
Entenda
O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas.
O TEA pode se manifestar em três níveis, que são definidos pelo grau de suporte que a pessoa necessita: nível 1 (suporte leve), nível 2 (suporte moderado) e nível 3 (suporte elevado).
Coautora do livro Mentes Únicas e especialista em Distúrbios do Desenvolvimento, Luciana Brites afirma que o 2 de abril é importante para informar a população sobre o autismo.
A pessoa com TEA tem direito a receber um salário mínimo (R$ 1.412) por mês, por meio do Benefício de Prestação Continuada (BPC), caso seja incapaz de se manter sozinha e a renda per capita da família for inferior a um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 353.